17 abril 2006

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Há 10 anos, estava saindo de casa quando o telefone tocou.
Era minha irmã, pedindo para eu ir dar uma força para meu avô, que não estava se sentindo bem.
Fui.
Derrame.
Na quinta passada ele se foi, lutando.
Tinha muita vontade de viver, nunca fumou, moderava na bebida, caminhava todo dia.
Os últimos 3 anos preso a cama foram cruéis.
Ver o velho se desfazer em pele e osso e saudade dos "bons" tempos sempre me deixaram muito mal, e já tinha até me esquecido de quantas vezes fui na casa dele ou no hospital me despedir.
Já estava cansado de chorar por sua [triste] condição.
Eu não sei não, mas quero ter um revólver bem guardado para essas ocasiões. Numa noite de muito sofrimento, depois de já ter bisnetos. PÁ - PUM.

Vô Paschoal, R.I.P; depois de tudo.

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