26 fevereiro 2008

Um dia de cada vez

Ontem estava cansado, o dia havia sido bem corrido, bastante coisa, conversa, e por causa do trânsito acabei saindo depois das 20h. Fui tranquilo, desviando e quebrando e fazendo aquele caminho de piolho que só quem perde mais de hora no trânsito conhece. Nem poupa tanto tempo assim, mas a percepção de andar x a de ficar parado é reconfortante por assim dizer.
Mas ao chegar em casa estranhei de não ouvir nenhum grito, nenhum passo, pulo, o que seja.
Silêncio.
E de repente o cheiro.
Mas era um puta cheiro de vômito que entrou pelas minhas narinas e por pouco não contribuí.
Pensativo e pé ante pé entrei em casa e a cena era dantesca.
O tapete da sala que é todo listradinho e já parece uma escala pantone tinha um bolo de vômito onde era possível identificar a papinha do pequeno Minduim, arroz, feijão e carne moída tudo batidinho e devolvido.
Outra parte estava no rodapé do canto e espirro nas paredes, enfim, cenas tristes.
Tirei o terno, ajudei na limpeza e depois fui brincar com meus dois pequenos.
Um dorme, a outra pula, a outra dorme, um acorda com febre e nariz escorrendo, fiquei até as 4 da manhã ninando o pequenão.
E certamente quando eu for [e se chegar] um velho caquético lembrarei disso com um sorriso maroto.

Nenhum comentário: