28 novembro 2008

a entrevista do advogado do diabo [via]

é conteúdo fechado do UOL, e ao terminar de ler pensei bastante sobre consistência, princípos, histórico, e tudo o que engloba esta profissão tão caótica.
O fato de todos merecerem um julgamento justo, apesar das atrocidads cometidas é difícil de ser entendido por nós pobres mortais.
E no dia ZERO é o que faz nossa sociedade ainda existir. Sem isso seríamos terrivelmente mais humanos e bárbaros no sentido sanguinolento da palavra.

Abaixo partes da entrevista com o Sr.Jacques Vergès.

Spiegel: Sr. Vergès, o senhor é atraído pelo mal?
JV:
A natureza é selvagem, imprevisível e terrivelmente sem sentido. O que distingue os seres humanos dos animais é sua capacidade de falar em prol do mal. O crime é um símbolo de nossa liberdade.

Spiegel: Esta é uma visão de mundo cínica.
JV
Uma realista.

Spiegel: O senhor deve saber, já que também desapareceu sem deixar traço nos anos 70. Sem nem mesmo avisar sua família, o senhor sumiu por oito anos. Até hoje, ninguém sabe onde o senhor esteve naquela época.
JV
André Malraux já disse que a verdade sobre um homem está principalmente naquilo que ele não diz...

Spiegel: Um médico deve fornecer ajuda, mas como advogado, o senhor não é obrigado a aceitar todo cliente.
Vergès:
Se você encontrar um médico que não consegue ver sangue, pus ou ferimentos abertos, ele está na profissão errada. Se você encontrar um advogado que não goste de criminosos ou ditadores, é a mesma coisa.

Spiegel: "Minha moral e estar contra toda moral, porque ela busca amarrar a vida", o senhor escreveu certa vez.
Vergès:
Sim, em um livro autobiográfico ao qual batizei como um jornalista certa vez me chamou, "Le Salaud lumineux", ou "O Bastardo Brilhante".

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