08 dezembro 2010

tattoo

Há 10 anos vi uma tattoo do Jun num japonês, era uma meia manga apavorantemente preta, bem riscada, pintada, e que trazia muito mais que um desenho, uma mensagem. Me trazia paz, e mais, me mostrava que os padrões estão aí para serem quebrados.
O tempo passou e eu coloquei aquilo como meta. Não aquela meta que vc precisa realizar no curto prazo, mas uma meta pra vida. Na linha do vou fazer antes que tudo se acabe.
Depois de 2 anos consegui os contatos do Jun e um horário, e fui conversar.
O esquema era complicado pra mim que tinha horários fixos, trabalhava em agência, então tive que desencanar.
E o tempo passou. 8 anos para ser preciso.
E um dia besta desses eu estava flanando em casa, e vi outra tattoo do Jun.
Na hora saí buscando, ligando, e cheguei nele novamente.
A mesma casa, as mesmas cores e fotos na parede, os mesmos gatos.
Mas foi diferente, pois tinha tudo pra acontecer. A grana, a disponibilidade, a agenda...... e foi.
Depois das primeiras conversas e definições, 2 dias desenhando.
Na outra semana, 1 dia riscando, e até aí tranquilo.
15 dias depois duas sessões, uma em cada semana.
Doeu a mesma coisa que sempre, mas a irritação foi um pouco maior pela extensão da obra.
Jun sempre um ótimo papo, apesar da concentração absurda, do traço perfeito e da firmeza bizarra na mão.
E pronto.
tattoo
E pra sempre.
Ficou diferente, ficou a minha cara, é minha, está paga, e realizei algo que queria há tempos.
Não me preocupei em nenhum momento, pois tive tempo para escolher, refletir e decidir.
Não teve impulso. Teve uma decisão certa e séria.
E tem um momento bastante especial que ficará gravado, não só no meu braço.

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