31 março 2004

O passaporte para a maioridade e para o respeito corporativo reside numa casca chamada terno e gravata.
Vc pode ser o que for, mas enquanto não envergar um paletó não será considerado membro do seleto clube dos executivos.
E atentem para o detalhe da gravata.
Ela deve estar presente, mesmo sendo florida, colorida, de listras, bolinha, do vovô.
Só não pode gravata de bichinhos / HQ, estas não são recomendáveis.
É estranho acreditar que num país tropical, onde no verão a temperatura beira a porta do inferno, sejamos obrigados a usar tal vestimenta.
Esses que se proclamam bastiões da moda, das novas tendências, o que seja, deveriam inventar algo que nos livrasse desse martírio.
Alguém aí sabe o que é ficar preso no trânsito, num carro sem ar condicionado, devidamente trajado? - beira a insanidade.
O pior é que além do custo dos ternos, temos que levar em conta o desodorante a mais que se gasta, e o espirro extra de perfume.
Isso, homem de terno e gravata sem perfume não existe.
Só não tornaram obrigatório nesse pacote o gel no cabelo pois existem muitos homens carecas.
E como se não bastasse, ainda temos que aguentar homens mui elegantemente vestidos mas que não sabem amarrar os cadarços.
Quando não pior, o sabem, e ainda amarram os dos outros, pensando no benefício próprio.
Penso que uma calça jeans, camisas pólo e botinas usadas poderiam ser adotadas como o máximo da elegância e da sabedoria.
Mesmo porque os indíos aqui viveram numa muito boa nus por séculos.

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