22 dezembro 2006

Lá vai ele, o homem sem casa.

Carrega sua cama nas costas, uma jaqueta toda remendada e suja.

Ele manca, e olha para os carros e prédios com indiferença.

Olha para mim e me diz que sou louco por usar terno em dia de calor e esperar calado e indiferente mais de hora no trânsito para chegar em casa.

Ele diz que por estar sempre em casa se sente feliz.

Não liga para a indiferença.

Para ele não existe referência.

Ele é um sem destino.


PS: Eu VI esse homem hoje pela manhã atravessando a Faria Lima

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