04 dezembro 2013

Aí um dia qualquer você explode cansado de tanta coisa errada
por ter que aguentar pessoas, falar com pessoas, conviver com elas
problemáticas, refratárias e ignorantes
minha falta de paciência vira intolerância e poupo meu tempo ignorando
mas cansa
mentalmente é sacrifício todo dia brigar pelo óbvio
direitos, e não benefícios
e fica tudo nessa merda, nesse calor, nesse trânsito
fica a nossa vida cheia de tempo perdido
cheio de gente inteligente e legal nas redes sociais
cheios de insulfilm nos carros novos com o porta-luva cheio de contas e boletos
vazios de vida própria chegam em casa e fazem questão de se afundar mais e mais na banalidade
não tem mais conversa
só tem aqui e ali de vez em quando alguma coisa diferente da mesmice das nossas vidas
do ir e vir inútil das cidades
se existe vida aqui deve ficar na última estação, no último vagão
espera, nunca passa

23 maio 2013

honestidade


Eu fui no show da Rollins Band, estava na faculdade.
Mas o que eu queria mesmo era ter ido num show do BlackFlag, fato impossível pois quando eu descobri a banda ela já havia acabado..... aconteceu tbm com MarsVolta [que voltou], com o At-the drive-in e com os finados BobMarley, Hendrix entre outros.
Mas o que eu queria mesmo dizer é que eu gosto de honestidade e de pessoas que assumem uma posição e que a defendem sem se esconder.
É isso.

02 maio 2013

seria o caramunhão?




Depois de ver as fotos lembrei na hora do "Tião Galinha" mas aí lí o texto e as conclusões e tudo fica cada vez mais estranho, aê.

E o nome do site diz tudo: OpenMinds.......


09 abril 2013

a droga da TV

Era assim, você se sentava no sofá ou no tapete no chão de tacos de madeira, e ficava olhando mui rápido pro papel de parede enquanto a TV esquentava.
Pronto, era o motor da máquina iniciando o tempo da diversão, distração, informação, e o que mais coubesse na telinha.
A oferta era mínima quando eu era garoto, basicamente RTC, TVS, Globo, Canal7, Manchete, Gazeta e Band.

Não tinha computador muito menos outras telas. Era a Tv ou a janela.

E livros, mas os livros naquela época eram obrigação chata.... Senhora, Quincas Borba e outros clássicos para a molecada doida por ficção científica, sexo e violência..... espantaram vários amigos meus do mundo da literatura por conta desse tipo de imposição.

Era sofrível e o horizonte de tempo definido pela Globo tal qual prato em rodízio.
Segunda filme, terça humor, quarta futebol, quinta série, sexta reporter, sabado humor, domingo revista [e a noite tinha cultura pro povo.... grandes concertos e não lelek, lek, lek....] e um país que me parecia bem intelectual, a ditadura recém-acabada, os sonhos, as diretas, era tudo muita vontade.

Mas aí parece que a TV foi ficando cada vez mais com a cara do Brasil, sem dente, sem cérebro, estúpida, arrogante, e pedindo pra arrumar uma boquinha tal qual programa que dura anos sem muito motivo [até tem motivo, é difícil arrumar outra porcaria tão barata].

Malhação por exemplo, na minha época eram séries gringas [de ALF a Vicky passando por  primo Cruzado], tudo enlatado com risadas gravadas, mas servia. Hoje temos Malhação, que nada mais é que um programa de estágio de atores e atrizes, e que conforme perdeu fôlego teve que chamar gente mais velha e experiente de TV.

Ia me esquecendo, sacanagem na TV era de sexta [sala especial] e sábado [vem comigo.... comando da madrugada].

O mundo mudou, muito rápido, e inclusive continua morrendo muito MOGUL por aí que achou que ia viver agarrado no sucesso de outroroa.

Mas tem uma coisa que não muda e nunca vai mudar.
 
A alienação, a posição, o ficar, estático.
Absorvendo esse todo sem muito nexo, ficção ruim jogada na cara de quem não tem opção.

O pior é que quem tem opção fica reclamando da qualidade da programação ao invés de ir buscar algo gratificante.

Eu li isso não sei onde, nunca mais verdadeiro: - A gente [povo brasileiro] quer ser a Globo, mas quando muito é um SBT. 
Vem aí.